Os recursos foram sacados pela mulher de João Paulo em uma agência bancária e, por conta dessa transação, o ministro-relator entendeu que o parlamentar também cometeu crime de lavagem de dinheiro. Ele teria tentado dissimular a origem dos recursos por meio da instituição bancária.
Fux votou pela condenação de Valério por peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa. Além dele, seus sócios Ramon Hollerbach e Cristiano Paz, que respondem por corrupção e peculato, também foram condenados.
Henrique Pizzolato, presidente do Banco do Brasil na época do mensalão, também foi condenado por Fux pelos crimes que foi denunciado pelo Ministério Público: corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato.
Até agora, há quatro votos pela condenação de Henrique Pizzolato, Marcos Valério e os dois sócios Ramon e Cristiano, e três votos pela condenação de João Paulo Cunha. A sessão entrou no intervalo e o próximo ministro a votar, ainda hoje, é Dias Toffoli.
Entendimentos conflitantes
Por enquanto, o relator Joaquim Barbosa e o revisor Ricardo Lewandowski votaram pela condenação de Pizzolato pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção passiva e peculato. Barbosa e Lewandowski também condenaram Marcos Valério e dois ex-sócios por corrupção ativa e peculato. Quanto às acusações relacionadas a supostos desvios de recursos da Câmara dos Deputados, os dois ministros divergiram. Enquanto o revisor considerou que não houve nenhum crime, o relator manifestou-se pela condenação de João Paulo Cunha por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro, e de Valério e seus ex-sócios por corrupção ativa e peculato.