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Estado de Minas

Pagot diz que tinha expectativa de uma CPI do Dnit para "passar a limpo" o seu passado


postado em 28/08/2012 11:13 / atualizado em 28/08/2012 11:46

Considerado o personagem-bomba da CPI do Cachoeira, o ex-superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luiz Antonio Pagot, disse, na manhã desta terça-feira, aos senadores que integram a CPI que apura as relações do contraventor Carlos Cachoeira com agentes públicos e privados, que é “um fazedor, um trabalhador incansável e leal aos seus pares”. Após essa declaração, ele afirmou que tinha expectativa de "uma CPI do Dnit para passar a limpo" o  seu passado como superintendente da empresa pública. Pagot disse que não teme ser investigado em sua gestão.

Ele é o primeiro a depor nesta terça-feira.Outro depoente aguardado é o empresário Adir Assad, dono das empresas JSM Terraplenagem e SP Terraplenagem, suspeitas de atuarem como "laranjas" e de terem sido beneficiadas com dinheiro público pela Delta Construções. Assad, no entanto, entrou com pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal e obteve liminar garantindo o direito de ficar em silêncio.

O depoimento começou por volta das 11 horas e estava sendo aguardado com expectativas contraditórias entre seus interlocutores no Congresso. Enquanto integrantes do PR, partido do qual ele fazia parte, apostam que a oitiva não trará elementos novos à investigação, outros parlamentares afirmam que Pagot voltará à carga na direção do Palácio do Planalto.

Ele deixou o cargo, no meio do ano passado, sob suspeita de ter participado de um esquema de pagamento de propina a correligionários. A cada declaração à imprensa, Pagot sempre reforçou a imagem de ameaça concreta ao governo federal, por ter comandado o Dnit durante as gestões do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff.

Ainda assim, no PR, a avaliação é de que a bomba foi desarmada e que o depoente não vai expor o que não pode provar. "Pagot está tranquilo e sabe das suas responsabilidades, lembra o que fez e o que não fez. Mais do que isso, sabe que terá de assumir a responsabilidade sobre o que disser", afirmou o senador Blairo Maggi (PR-MT).

Desde a instauração da CPI, Pagot tem reiterado em entrevistas a intenção de colaborar com o colegiado, inclusive dando detalhes sobre o financiamento da campanha da presidente Dilma, processo do qual ele participou. "Ele me mandou um. Está receoso em vir, mas, se for perguntado, não vai esconder nada. Disse ter informações sobre empresas que doaram dinheiro para a campanha da Ideli (Salvatti, ministra das Relações Institucionais) e a respeito do chefe de gabinete da presidente (Giles Azevedo)", contou um senador da base aliada.


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