O ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) Luiz Antônio Pagot afirmou nesta terça-feira em depoimento à CPI do Cachoeira que o contraventor e pivô da CPI, Carlos Augusto Ramos, e o diretor da Delta no Centro-Oeste, Claudio Abreu, patrocinaram a saída dele do DNIT por ele ter contrariado interesses da construtora Delta em obras em vários pontos do País. Pagot afirmou que havia irregularidades em algumas obras e a exigência do DNIT em corrigir esses problemas provocou o dissabor à construtora.
Ele citou um outro episódio em Mato Grosso no qual a empreiteira usou placas de concreto fora da especificação e aquém da medida estabelecida no projeto. Segundo Pagot, Claudio Abreu insistia em deixar a obra como estava, o que foi negado pelo DNIT. "Acredito que esses fatos todos, se nós agimos no interesse de preservar a qualidade das obras e o cumprimento dos compromissos provocaram dissabores a Claudio Abreu, o que o levou, juntamente com Cachoeira, a patrocinar uma matéria jornalística que me tirou do DNIT", afirmou.