Perguntado se assim como sua antecessora, não evitará polêmicas, Falcão destacou ter um estilo mais conciliador. “O trabalho da ministra Eliana Calmon será mantido integralmente, mas de forma diferente, porque cada um tem seu estilo. Vou procurar trabalhar em harmonia com as instituições, com o Supremo Tribunal Federal, que está acima do conselho. Evidentemente que esta parceria não tirará a independência do corregedor”, disse Falcão, que já havia dito pretender cumprir sua “missão” com humildade e discrição.
“Quem estiver pensando que a saída da ministra Eliana Calmon vai modificar algo está completamente enganado”, concluiu o ministro, ao ser perguntado sobre a continuidade das investigações das denúncias de evolução suspeita do patrimônio de servidores da Justiça.
Falcão garantiu que não vai quebrar o sigilo de magistrados sem autorizações judiciais e apontou a necessidade de que os salários dos servidores sejam corrigidos, pois, segundo ele, estão defasados.
Nascido em Recife, Francisco Cândido de Melo Falcão Neto, 60 anos, é ministro do Superior Tribunal de Justiça desde junho de 1999. Foi corregedor-geral da Justiça Federal entre 2009 e 2011 e presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região entre 1997 e 1999. Ficará no cargo de corregedor nacional de Justiça pelos próximos dois anos. O CNJ fiscaliza a conduta de membros do Poder Judiciário.