O programa usou o Diário Oficial do Estado para identificar o sociólogo José Luiz Ratton como o verdadeiro coordenador do Pacto pela Vida, atribuiu ao ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho (PSB), e ao presidente Lula (PT) a vinda da Fiat e ao ex-secretário estadual de Saúde João Lyra Neto (PDT) a construção dos hospitais. Até então, o PT usava de humor ao abordar o assunto, questionando: "se ele (Geraldo) fez tanto, então o governador (Eduardo Campos) fez o que?"
"Desespero"
Para a coordenação da campanha de Geraldo Julio, a estratégia mais agressiva do PT denota "desespero". Destacou que Geraldo é tão responsável pelas ações citadas pelo PT como a presidente Dilma foi responsável pelas obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no governo federal. Nesta linha de pensamento, a coordenação avalia que o governador Eduardo Campos (PSB) imitou o presidente Lula ao escolher o principal gestor da sua equipe como candidato. Geraldo foi seu secretário de Planejamento e de Desenvolvimento Econômico.
Apresentado como bom gestor e tocador de obras, qualidades retratadas no capacete amarelo da sua campanha, logo surgiram piadas e sátiras nas redes sociais, através do "foi Geraldo quem fez", atribuindo ao candidato feitos como a Muralha da China e as Pirâmides do Egito. A campanha de Geraldo Julio aderiu à brincadeira, apostando que quanto mais se falar no seu nome, melhor para sua popularidade.
Estreante na política, Geraldo Julio apareceu com 5% da preferência do eleitorado na primeira rodada de pesquisas do Ibope, em julho. Subiu para 12%, depois para 16% e na última, divulgada no último dia três, assumiu a liderança, com 33%. Ele tem o apoio de 14 partidos reunidos na coligação da Frente Popular. O petista, que se mantinha na liderança, caiu para o segundo lugar, com 25%.