Meia hora depois de chamar de "especulação de site" a notícia sobre sua designação para o Ministério da Cultura, a senadora Marta Suplicy (PT-SP) disse ter aceitado o convite da presidente Dilma Rousseff para assumir o cargo. Marta agiu como se estivesse surpreendida com a sua designação para um ministério, apesar de a iniciativa do governo sempre ter sido anunciada, desde as primeiras especulações, após a senadora ter desistido de disputar a prefeitura de São Paulo em proveito de Fernando Haddad, candidato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Marta disse que vai chamar a ministra a que sucederá, Ana de Hollanda, para conversar e se inteirar dos programas da pasta. Sua posse está marcada para depois de amanhã, quinta-feira. "Estou feliz, estou contente, é muito prematuro fazer qualquer declaração, acabei de aceitar o convite, vou estudar, vou ter uma conversa com Ana de Hollanda", informou. Ela rebateu a "tese" da compensação por ter se disponibilizado, somente no dia 28, após almoçar com Lula, a apoiar Haddad.
"Aceitei o convite e agora vamos trabalhar", destacou. A senadora disse que sempre se prontificou a apoiar Haddad. "Desde o começo eu disse que na hora em que fizesse diferença, eu entraria", contou, sem se referir às críticas que fez no Twitter tachando a escolha do candidato sem experiência política como sendo "um erro". "Vou continuar trabalhando, eu farei os comícios como combinei com ele, fiz carreata na sexta, no sábado...", disse.
O Ministério da Cultura é a segunda experiência de Marta Suplicy no Executivo federal. Em 2007, no início da segunda gestão de Lula, ela assumiu o Ministério do Turismo. Ficou na pasta pouco mais de um ano, de onde saiu para disputar a prefeitura de São Paulo, quando foi derrotada pelo atual prefeito, Gilberto Kassab (PSD), então do DEM, apoiado pelo candidato do PSDB à prefeitura José Serra.