O futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, disse nesta terça que ainda não decidiu se participará ou não do julgamento do mensalão. Ele informou que no Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde atua desde 2003, é comum um ministro participar de um julgamento já em andamento, como é o caso do mensalão. "Nós temos muitos casos em que, em tese, é possível, mas eu não conheço do regimento do Supremo", respondeu Zavascki, ao ser questionado sobre o procedimento adotado no STJ.
A decisão, no entanto, vai depender da existência de um acordo na Câmara dos Deputados para votar a Medida Provisória do Código Florestal. Se a MP for aprovada no próximo dia 18, Sarney anunciou que convocará o Senado para um novo período de esforço concentrado com a finalidade de votar a proposta, antes que ela caduque no dia 8 de outubro. Caso contrário, o Senado só retomará suas atividades no dia 16 de outubro, adiando a sabatina de Zavascki na CCJ em mais de um mês.
O senador Eunício Oliveira avocou para si a relatoria do processo de designação de Teori Zavascki e prometeu ler o parecer ainda amanhã. Como haverá pedido de vista coletivo, o tema só retorna à pauta - se não houver a convocação por causa do código - no dia 17 de outubro. Daí a marcar a data da sabatina e votar seu nome no plenário, o período se arrastará até meados de novembro, quando o julgamento do mensalão estará concluído.