Cavalcanti era presidente da Câmara dos Deputados e foi acusado de receber propina do empresário Sebastião Buani, dono do restaurante contratado pela Casa na época. Em 2008 foi eleito prefeito da sua cidade natal.
O prefeito havia demonstrado disposição para recorrer da impugnação, mas segundo o seu filho, o deputado estadual José Maurício Cavalcanti (PP), a decisão foi reavaliada e ele resolveu desistir. "Ser um candidato subjudice é muito desgastante e o prefeito não quis prejudicar o processo democrático", afirmou o deputado.
A candidata a vice-prefeita na chapa de Severino, a assistente social Ana Mendes (PSDB), assume a cabeça de chapa e terá como candidato a vice Adeildo Oliveira (PSB). A coligação "João Alfredo pra frente" tem também o apoio do PT, PR e PRB.
Na renúncia, entregue no cartório eleitoral da cidade, o prefeito alegou "motivo pessoal".
De acordo com a Ficha Limpa, Lei Complementar 135/2010, torna-se inelegível quem renuncia a mandato após a abertura de processo por decoro parlamentar para fugir de uma possível condenação. O juiz reconheceu que Severino Cavalcanti utilizou a manobra e não acolheu o argumento da defesa do prefeito, de que nenhuma lei pode retroagir em prejuízo do réu - a renúncia ocorreu cinco anos antes da promulgação da Lei.