O valor, o maior da história do ministério, é, segundo a assessoria, 54% superior ao de 2011, quando Ana de Hollanda assumiu o cargo. E pode atingir os R$ 5 bilhões com o montante autorizado a ser captado por meio das leis de incentivo fiscal.
Desgastada por críticas e polêmicas, Ana de Hollanda disse não ter lhe faltado apoio político, mesmo que vários e importantes projetos de leis encaminhados pelo ministério à Casa Civil não tenham avançado, caso da reforma da Lei de Direito Autoral (Lei nº 9.610) e da regulamentação do Estatuto dos Museus.
“Não acredito . O que acontece é que a presidenta gosta de tudo muito detalhado e o ministério lida com temas transversais, que envolvem outros ministérios. Tudo, portanto, tem que ser muito discutido e é natural que haja uma demora”, afirmou Ana de Hollanda, dizendo que sua sucessora dará continuidade a muitos dos projetos. “Eles estão sendo tocados e vão ser tocados”.
Coordenadora do Pontão de Articulação da Comissão Nacional de pontos de Cultura, Patrícia Ferraz, garantiu que, ao contrário do que diz a ex-ministra, nem todo o passivo financeiro com os pontos de Cultura foi pago.
“Avaliando o todo, a realidade não é esta. Não só o passivo não foi todo pago, como o ministério deixou de pagar ou pagou com muitos meses de atraso as parcelas dos convênios a vários pontos de Cultura. Além disso, desde 2010, o ministério não lança um edital para novos pontos. Na última gestão, o Programa Cultura Viva foi desmontado”, afirmou Patrícia, por telefone.
Presente à cerimônia de transmissão de cargo, o ator e diretor teatral José Celso Martinez Corrêa disse que a expectativa da classe artística aumenta com a chegada de Marta Suplicy. “A Marta tem mais visibilidade. É uma mulher mais atirada. A Ana é maravilhosa, mas é tímida. Nossa expectativa agora é muito maior.”