Os acusados passaram a primeira noite na sede da Polícia Federal em Florianópolis, e nesta sexta foram transferidos para Biguaçu. Conforme a PF, um empresário fez a denúncia ao Ministério Público Estadual. O vice-prefeito Manoel Cunha é candidato a prefeito na eleição que acontece em outubro. Conforme a PF apurou, o valor seria dividido entre o grupo que planejava usar o dinheiro para fins pessoais e para abastecer o caixa de campanha do vice-prefeito. O vereador Alcemir Alves, também contava com a verba para sua campanha à reeleição.
Os três forram autuados por crime de concussão, ou seja, quando os acusados exigem dinheiro ou vantagem indevida no exercício de função pública. O crime prevê pena de dois a oito anos de reclusão e multa. Defensor do prefeito, o advogado Antônio Carlos Brasil Pinto entregou à justiça de Santa Catarina no final da tarde desta sexta-feira, um pedido de Habeas Corpus.
As diligências da PF vinham sendo realizadas desde a denúncia feita ao MP. A prisão em flagrante, conforme a PF, determinou o fim de uma ação criminosa que garantiria ao empresário do ramo da construção civil favorecimento para concretizar negócios em Governador Celso Ramos. O município fica cerca de 40 quilômetros de Florianópolis.
Conforme o advogado do prefeito, seu cliente confirmou ter agendado um encontro com o empresário para negociar uma doação de R$ 30 mil para a campanha de candidatos do PMDB no seu município. Antônio Carlos Brasil Pinto teve acesso aos depoimentos na manhã desta sexta-feira e afirmou que a denúncia não tem procedência. Já o advogado Anderson Nazário, que representa o vice-prefeito e o vereador, disse nesta sexta que seus clientes foram ao shopping sem saber com quem iriam se encontrar. Pedidos de liberdade provisória também foram feitos para os dois.