A polícia afirma que Arnaldo enchia caminhões com máquinas caça-níqueis de bingos de Goiás e encaminhava para o DF. O transporte ficava por conta de Valmir José. Ele ainda repassava cerca de R$ 10 mil para que os irmãos Queiroga colocassem as salas em funcionamento. “Como os Queirogas perderam dinheiro com o fechamento dos bingos no Entorno, o Arnaldo bancava a abertura de casas novas e cobrava 60% do lucro que tivessem. Se a casa funcionasse uma semana, já pagava o investimento”, explicou o delegado. Os investigadores ressaltaram que Arnaldo e Carlinhos Cachoeira não estariam agindo juntos nesses três bingos. “Antigamente, Arnaldo atuava com Cachoeira e prestava contas a ele, mas depois da prisão começou a agir como líder e recrutou integrantes do antigo grupo, como os Queirogas”, contou Henry Peres, chefe da Deco.
Salas fechadas Os pontos de jogos ilegais no DF são apurados pela Deco desde que foi deflagrada a Operação Monte Carlo, em fevereiro. A ação resultou na prisão de Cachoeira e outros 20 envolvidos no comando de jogos ilegais, principalmente, em Goiás. A investigação da Polícia Federal motivou a instalação de uma CPI no Congresso, que apura a atuação do contraventor. Cachoeira está preso no Complexo Penitenciário da Papuda desde abril. Antes, ficou detido no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. Ao longo das investigações da Jackpot, sete salas de jogatina foram fechadas. Os policiais pretendem, agora, descobrir a propriedade dos outros quatro pontos fechados no Gama, no Setor de Mansões do Lago Norte e nas asas Sul e Norte. Os investigadores não descartam a participação de familiares de Cachoeira.