De acordo com o procurador, o Ministério Público Federal (MPF) está concentrado na conclusão do julgamento da Ação Penal 470 e, mesmo que as afirmações de Marcos Valério sejam procedentes, os fatos novos não poderiam ser inseridos neste processo.
O procurador lembrou ainda que, como não tem mais cargo que motive foro privilegiado, o ex-presidente Lula só poderia ser investigado e julgado no aparelho jurídico de primeira instância. Para Gurgel, apesar de “importantes”, as colocações atuais de Valério não são suficientes para um novo inquérito e é preciso “dar mais consistência” ao que o publicitário diz.
“Não se sabe exatamente que tipo de jogo está sendo feito neste momento. É uma pessoa que, ao longo de toda a participação dele neste processo, deixou claro que é um jogador. É preciso ver que tipo de jogo está sendo feito”, analisou Gurgel.
O procurador ainda disse que vai insistir para que, em caso de condenações, as sentenças sejam cumpridas imediatamente. Perguntado se irá pedir o passaporte dos envolvidos para evitar fugas, Gurgel disse que “isso é até menos do que o requerimento de prisão”.