A presença de Dilma na campanha de Pelegrino desagradou o PMDB, que é oposição ao PT na Bahia, apesar de ser o principal aliado do PT nacionalmente, e tem candidato próprio na disputa, o radialista e ex-prefeito Mário Kertész. Nos bastidores, tão logo foi noticiado que Dilma havia gravado para a propaganda eleitoral de Pelegrino, na semana passada, houve quem apontasse "traição" e defendesse a retirada da candidatura de Kertész para o apoio da legenda à de ACM Neto (DEM), que lidera as pesquisas.
A tese foi prontamente derrubada pelas lideranças do partido na Bahia, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima e pelo próprio candidato. A legenda, porém, não descarta apoiar Neto em um eventual segundo turno contra Pelegrino. O quadro foi apontado pela pesquisa Ibope divulgada na quinta-feira, com 39% de intenções de voto para o democrata, ante 27% para Pelegrino. Kertész aparece em terceiro, com 6%.
O ex-ministro da Integração Nacional Geddel e o deputado Lúcio não comentam a possibilidade - dizem que ainda há margem para que a candidatura do peemedebista cresça e leve o partido para o segundo turno. Nos bastidores, porém, comenta-se que PMDB e DEM já começaram conversas sobre o tema.