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Quando estourou o escândalo do mensalão, em 2005, companheiros de Genoino ficaram preocupados com o comportamento depressivo apresentado pelo ex-presidente do PT. Ele chegou a ficar mais de um mês no quarto, com pouca disposição para receber até mesmo os amigos mais próximos. Pessoas que testemunharam aquele momento lembram do abatimento que acometeu o ex-deputado.
Com o início do julgamento, ele se tornou ainda mais tenso e nervoso. "A depressão voltou para valer", disse um interlocutor que acompanha o processo do mensalão. O advogado Luiz Fernando Pacheco reconhece que o cliente está ansioso com a proximidade da análise do caso pelos ministros do STF. "Esse processo estava dormindo há sete anos e agora vivemos os momentos finais. Claro que existe uma grande expectativa, mas Genoino está convicto da legalidade de seus atos", completou o defensor, buscando desanuviar o ambiente.
Genoino acabou conseguindo se eleger deputado federal em 2006, mas o mandato foi mais discreto e com menos brilho do que suas passagens anteriores pela Câmara. Em 2010, não conseguiu se reeleger, permanecendo na fila dos suplentes da bancada. Graças à proximidade com os militares e com o então ministro da Justiça, Nelson Jobim, foi nomeado assessor especial do Ministério da Defesa. No início do julgamento, tirou férias de 30 dias. Agora, está de licença médica para tratamento de saúde.
José Dirceu resolveu arriscar-se na iniciativa privada e virou consultor de diversas empresas, valendo-se de sua experiência como ex-homem forte do governo. Ele não revela quais são os clientes, alegando confidencialidade, mas comenta-se que presta serviços para Carlos Slim – o homem mais rico do mundo – e para o proprietário da Delta Construções, Fernando Cavendish.