Jornal Estado de Minas

Comissão sabatina Zavascki, novo ministro do STF

O Senado quer votar nesta semana a indicação do ministro Teori Zavascki para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Indicado pela presidente Dilma Roussef (PT) para substituir o ex-ministro Cezar Peluso, que se aposentou compulsoriamente no dia 3, ao completar 70 anos de idade, ele será ouvido pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) às 14h desta terça-feira, para depois ter seu nome votado no plenário da Casa, possivelmente nesta quarta-feira.

Zavascki será questionado sobrese pretende participar do julgamento do mensalão no STF, que começou em 2 de agosto. Na semana passada, ele percorreu os gabinetes dos senadores, a quem cabe sabatinar e referendar a indicação do Executivo para a vaga na Corte. O magistrado afirmou estar em dúvida sobre a participação no julgamento.

Únicos senadores a discursar em plenário ontem, Alvaro Dias (PSDB-PR) e Cristovam Buarque (PDT-DF) criticaram a rapidez na indicação de Zavascki ao STF, que ocorreu no dia 10, uma semana depois de Peluso deixar a Corte. Alvaro Dias chegou a sugerir o adiamento da sabatina para a semana posterior às eleições municipais, que ocorrerão em 7 de outubro. Segundo o senador, se resolver participar do julgamento do mensalão, Zavascki poderá pedir vista do processo, o que atrasaria sua conclusão. “Por que criar um fato novo que possa dar margem à suspeição? Por que criar alternativas de atraso para o julgamento do mensalão?”, indagou. Cristovam também disse que a pressa na indicação de Zavascki pode levantar suspeitas sobre o processo.

Nota do PT “beirou o ridículo”, diz Aécio

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) criticou nessa segunda-feira, em Porto Alegre, a nota divulgada na semana passada pelo PT e partidos da base aliada em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, o texto, divulgado em resposta ao pedido de esclarecimentos sobre suposto envolvimento de Lula com o esquema do mensalão, “beirou o ridículo”. A nota ataca o que chama de "forças conservadoras" que estariam dispostas a "qualquer aventura" e fala em "práticas golpistas”. “Foi absolutamente ridícula a tentativa do presidente do PT (Rui Falcão) de soltar uma nota (…) contra uma eventual derrubada de um ex-presidente da República (Lula), algo novo que o PT inaugurou também na vida brasileira, como se houvesse a possibilidade de um golpe de Estado contra um ex-presidente. Aquilo beirou o ridículo”, comentou Aécio.