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A resolução que define a criação do grupo de trabalho está publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira.
No último dia 17, a Comissão Nacional da Verdade formalizou a decisão de criar um grupo de trabalho destinado a investigar a Operação Condor. Na ocasião, o jornalista Luiz Cláudio Cunha, que atuou na investigação sobre as ações da operação, lembrou que houve uma reunião secreta em Buenos Aires, na Argentina, em 1974, para definir a estratégia político-militar.
Para integrantes da Comissão Nacional da Verdade, o grupo de trabalho poderá apurar alguns episódios polêmicos da história nacional, como as mortes dos ex-presidentes João Goulart e Juscelino Kubitschek, ambos em 1976, durante a vigência da Operação Condor.
Goulart governou o Brasil de 1961 até ser deposto pelo golpe militar de 1964. Ele morreu em dezembro de 1976, na Argentina, oficialmente de ataque cardíaco. A versão é contestada por parentes que acreditam em envenenamento por agentes da Operação Condor.
No caso de Kubitschek, a comissão recebeu da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Minas Gerais (OAB-MG) um relatório contestando a versão sobre a morte dele em consequência de um acidente de carro. “Vamos analisar toda a documentação e investigar o que foi relatado”, disse Cláudio Fonteles, integrante da Comissão Nacional da Verdade, no último dia 17.