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Para o ministro, o processo não trata de "meras irregularidades formais de campanha", mas de desvio de recursos públicos com objetivo de obter apoio político por parte dos parlamentares. "A tese do caixa dois serviu para abarcar despesas de campanha passada e futura", disse. "Nesse plexo e nesse espectro, a rigor todas as atividades associadas ao partido poderiam estar justificadas. A tese serve a tudo e a todos", completou.
Mendes disse que o esquema montado pelos partidos se valeu de três empresas, a Garanhuns, a Bônus Banval e a Natimar. Para ele não houve apenas um simples repasse de dinheiro em espécie para políticos, mas foi estruturada "uma verdadeira engrenagem" para fazer esses repasses.
O magistrado, contudo, votou pela absolvição do ex-líder do PP na Câmara dos Deputados Pedro Henry por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para o ministro, não ficou comprovado que o parlamentar participou do esquema ilegal. Ele mencionou que o publicitário Marcos Valério chegou a afirmar, em depoimento à Justiça, que nem sequer conhecia Henry.
Por último, o ministro também sugeriu livrar o ex-líder peemedebista José Borba por lavagem de dinheiro. Mendes disse que Borba não se utilizou de uma interposta pessoa para receber o dinheiro do esquema ilícito O ministro, contudo, condenou o ex-parlamentar por corrupção passiva.