Na reta final da campanha eleitoral, as campanhas dos candidatos à Prefeitura de São Paulo José Serra (PSDB) e Fernando Haddad (PT) aumentaram a troca de acusações na internet. Em seus sites de campanha, os adversários se atacaram sobre o tema Educação e, enquanto no lado petista o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, questionava a razão pela qual a Prefeitura de São Paulo não utilizava recursos federais para acabar com o déficit em creches, no "front" tucano o vice na chapa de Serra, Alexandre Schneider (PSD), ex-secretário municipal da Educação, dizia em vídeo que o PT deixou a Educação paulistana "em frangalhos".
"Nós oferecemos para a cidade São Paulo 172 creches. Por que São Paulo não pegou?", perguntou o ministro da Educação em um vídeo de quatro minutos. Mercadante lembrou que a cidade não atingiu a meta do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB). "É inacreditável o tempo que estamos perdendo", criticou o petista.
No vídeo de pouco mais de dois minutos, Alexandre Schneider disparou contra a gestão Marta Suplicy (2001-2004), que antecedeu a primeira gestão de José Serra. "Tivemos um trabalho enorme para reconstruir essa rede", disparou o ex-secretário municipal da Educação. Segundo Schneider, a administração petista investiu pouco no setor. "A gestão que o candidato Fernando Haddad participou foi a gestão que investiu pouco na educação infantil. Não se sabia a demanda de creches na cidade de São Paulo", apontou.
Schneider afirmou ainda que ao suceder Marta Suplicy, Serra encontrou 75 mil crianças em escolas de lata, além de professores desestimulados e "ganhando mal". "Tudo o que eles perderam na gestão do PT eles recuperaram na nossa gestão", garantiu o vice de Serra, enfatizando que a categoria conseguiu nos últimos anos aumento real de salário.
Alfinetadas
Além de criticar a política educacional na cidade, Mercadante também atacou José Serra por ter deixado a administração em 2006 para disputar o governo estadual."Eu não consigo entender uma cidade que tem milhões de pessoas precisando de um gestor que tenha compromisso, seriedade, credibilidade, vontade de resolver e a pessoa disputa as eleições, ganha a eleição e abandona a cidade em seguida", afirmou. "Eu não consigo entender como é que uma atitude como essa pode ser reconsiderada na outra eleição", emendou o ministro, se referindo à atual disputa.
"Essa cidade precisa de amor, dedicação, precisa de compromisso profundo, precisa de prioridade absoluta na vida de um cidadão, que não pense na outra eleição e num palanque, que pense em resolver os problemas das pessoas", concluiu Mercadante.