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Estado de Minas

Russomanno reabilita ícones da Máfia dos Fiscais


postado em 02/10/2012 09:11 / atualizado em 02/10/2012 10:05

Quatro ex-vereadores envolvidos no escândalo da máfia dos fiscais dão suporte à candidatura do líder nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo, Celso Russomanno (PRB), inclusive com participações em reuniões da campanha.

José Izar, Vicente Viscome, Zé Índio e Archibaldo Zancra foram acusados de participar de um esquema que teria arrecadado R$ 473 milhões em propinas de camelôs ilegais entre 1997 e 2000, durante a gestão Celso Pitta - Izar e Viscome foram condenados. Hoje, estão na linha de frente na busca de votos para Russomanno na zona leste da cidade.

A entrada dos quatro envolvidos no escândalo teve o aval de um dos coordenadores da campanha de Russomanno, o deputado estadual Campos Machado (PTB), dizem integrantes da coligação que apoia Russomanno ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo. Segundo eles, foi uma forma de “suprir a carência” de bases regionais.

Condenado pelo crime de extorsão, Viscome passou seis anos preso. Agora tenta voltar à Câmara Municipal pelo PRP. Ele é o principal cabo eleitoral de Russomanno na Mooca, onde tem uma concessionária de veículos.

José Izar, também condenado a oito anos de prisão - ele recorre em liberdade - , participa de eventos de campanha do líder nas pesquisas e até ofereceu suporte jurídico ao comitê. O ex-advogado do Corinthians também comanda a busca de votos em regiões do Brás e do Tatuapé, onde mantém ligação com os comerciantes.

Outro envolvido no escândalo que está na linha de frente da campanha de Russomanno na região da Vila Prudente é o ex-vereador Archibaldo Zancra. Com influência política na Administração Regional da Vila Prudente na época da máfia dos fiscais - as Regionais foram substituídas pelas subprefeituras na gestão Marta Suplicy -, Zancra é figura presente no comitê de Russomanno. Nessa segunda-feira, por exemplo, passou a tarde no QG da campanha, na zona sul.

Zé Índio, que agora ajuda a pedir votos para Russomanno no Tatuapé e na Vila Prudente, era um dos chefes da Administração Regional da Mooca quando estourou o escândalo de achaque de vereadores contra camelôs.

Campos Machado


O deputado estadual Campos Machado (PTB) afirmou nesta segunda-feira ter fechado apoio com a Associação de Ex-Vereadores de São Paulo. Ele afirma não ter conversado pessoalmente ou autorizado a entrada na campanha de ex-parlamentares envolvidos na máfia dos fiscais.

“A associação tem mais de 200 ex-parlamentares. Conversei apenas com o presidente da entidade, Almir Guimarães (ex-vereador). Não tem como controlar todo mundo que participa pela entidade”, afirmou Machado.

Procurada, a assessoria de imprensa de Russomanno informou que “os ex-vereadores não desempenham nenhuma função específica na campanha”. “Eles só manifestaram apoio ao candidato”, disse a assessoria.


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