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Condenados no processo do mensalão podem receber penas menoresJosé Dirceu critica tucano por "só falar do mensalão"Tese de caixa dois foi derrubada por ministros que julgam o mensalãoMensalão: Ayres Britto fecha placar pela condenação de políticos da base aliada e refuta tese de caixa 2STF começa a julgar se houve corrupção ativa no mensalãoLeis votadas via mensalão podem ser contestadasOutro fato que deverá ser citado, a começar por Joaquim Barbosa, para condenar Dirceu é a ajuda financeira dada pelo grupo de Valério à ex-esposa do então ministro Ângela Saragoza. Ela teve ajuda de réus envolvidos no mensalão para conseguir um empréstimo no Banco Rural e um emprego no BMG. Na mesma época, Ângela vendeu seu apartamento para o ex-advogado da SMPB Rogério Tolentino, já condenado por lavagem de dinheiro.
Assim como Britto, o voto do ministro Celso de Mello, na sessão de segunda-feira passada, já indicava as remotas chances de absolvição de Dirceu. O decano da Corte foi explícito ao dizer que o esquema de corrupção partiu de altas instâncias do governo.
Além da relação entre Dirceu e Valério, os ministros devem levar em consideração os depoimentos prestados ao longo das investigações em que Dirceu é apontado como um dos responsáveis por avalizar os acordos políticos com as cúpulas dos partidos beneficiados pelo mensalão. As negociações, conforme depoimentos ocorriam inclusive no Planalto. Esse envolvimento nos acertos políticos deve ser usado para desqualificar a alegação de Dirceu de que desde a sua posse na Casa Civil, em janeiro de 2003, afastou-se do dia a dia do PT.