Jornal Estado de Minas

Defesa de José Dirceu vai contestar condenação por corrupção ativa

Agência Brasil
O advogado do ex-chefe da Casa Civil José Dirceu, José Luís de Oliveira Lima, reafirmou disse, nessa quarta-feira, ao final da trigésima primeira seção de julgamento da Ação Penal 470, conhecida como processo do mensalão, que não há provas contra seu cliente. Dirceu foi condenado nesta quarta-feira pelo ministro-relator Joaquim Barbosa por corrupção ativa.
“Quero ratificar, mais uma vez, que tenho confiança na absolvição do meu cliente. As provas da Ação Penal 470 demonstram, no nosso entender, a total improcedência das acusações levantadas pelo Ministério Público”, argumentou.

Lima disse ainda que vai apresentar na próxima sexta-feira memorial aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que julga a ação. “Vou colocar todos os pontos que a defesa apresentou desde o início e também rebater alguns dados relativos ao voto do ministro relator, Joaquim Barbosa”.

Ao condenar Dirceu, Barbosa levou em conta a tese da denúncia, que acusou o ex-ministro de cooptar e distribuir dinheiro a partidos da base aliada ao governo entre 2003 e 2004, no esquema de compra de apoio político.“Nenhuma das teses que a defesa tentou construir para afastar a culpa de Dirceu são verossímeis no contexto evidenciado na ação penal. Ele exerceu controle dos atos executórios, do qual se ocupou na negociação dos recursos empregados e reuniões com líderes parlamentares escolhidos para receber vantagem indevida”, avaliou o advogado.