Os ataques ao candidato tucano a prefeito do Recife, deputado estadual Daniel Coelho, ganharam carga nesta reta final da campanha. Ele aparece em segundo lugar nas pesquisas de opinião e passou a ser o empecilho para a meta do governador Eduardo Campos (PSB) eleger seu candidato, Geraldo Julio, já no primeiro turno das eleições.
As inserções afirmam que Daniel diz que é humilde, mas é de família rica e tradicional - seu pai tem postos de gasolina -, diz que Daniel se apresenta como "verde" mas não é do PV, é do PSDB. Afirma que o tucano se apresenta como ético, mas assinou notas falsas na Câmara de Vereadores. Em 2008, ele devolveu R$ 18 mil à Câmara depois de denúncia de utilização de notas frias. O candidato afirma ter sido levado a erro na questão das notas, tendo ressarcido os cofres públicos.
Lançado pelo governador Eduardo Campos - contra o aliado PT e com apoio de 14 partidos da frente Popular - Geraldo Julio, seu assessor nas áreas de planejamento e desenvolvimento econômico, teve ascensão vertiginosa, saindo do quarto lugar para a liderança na preferência do eleitorado, de acordo com as pesquisas de opinião. O crescimento do socialista perdeu força nos últimos dias, enquanto o tucano continua conquistando eleitores.
O petista Humberto Costa, que iniciou a disputa na liderança caiu para o terceiro lugar. Seu maior adversário foi o próprio PT, dividido. Humberto foi lançado pela direção nacional que não aceitou a reivindicação do atual prefeito João da Costa - mal avaliado - de disputar a reeleição.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira indica Geraldo com 41%, Daniel com 26% e Humberto com 16% das intenções de voto.