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Estado de Minas

MPE-RJ pede impugnação de candidato da Rocinha


postado em 04/10/2012 20:15

O Ministério Público Eleitoral do Rio pediu à Justiça a impugnação da candidatura a vereador de Leonardo Rodrigues Lima, o Léo Comunidade. Ele disputa uma vaga na Câmara do Rio pelo PTN. Presidente licenciado de uma das associação de moradores da Rocinha, comunidade da zona sul onde mora, Léo é acusado de oferecer cestas básicas em troca de votos. A Justiça ainda não se pronunciou.

Em gravações feitas pela polícia, moradores afirmam que a condição para receber a cesta básica é apresentar o título de eleitor e o RG, que são anotados pela equipe do candidato, na sede da associação.

Léo também se reuniu com o comandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha, major Edson Santos, para propor a cobrança de uma taxa dos mototaxistas, que seria usada para a compra de cestas básicas a serem distribuídas no período pré-eleitoral.

"Alguns meses atrás, o Léo Comunidade me procurou com a proposta que eu ajudasse a forçar esses prestadores de serviço a pagar diárias para a associação. Falou que era para compra de cestas básicas com o intuito de atender mil pessoas, e eu disse que ele passasse os nomes para as autoridades que eles tentariam colocar (as mil pessoas carentes) em alguma atividade social. Logo depois Léo passou que (o dinheiro arrecadado) seria para questões eleitorais, aí eu falei: `então, por favor, você se retire, que a Polícia Militar está aqui para garantir a liberdade das pessoas, a liberdade de ir e vir e de votar também'", contou o policial.

O Ministério Público também acusa Léo de se apresentar como candidato de Antonio Bonfim Lopes, o Nem, líder do tráfico na comunidade preso em 2011. O candidato usa um jingle semelhante a um funk considerado homenagem a Nem.

O Tribunal Regional Eleitoral do Rio informou que o pedido de impugnação "está sendo analisado", mas não diz se há possibilidade de julgar o caso antes da eleição, no próximo domingo. Caso a candidatura seja impugnada após a eleição e Léo tenha conquistado uma vaga na Câmara, sua diplomação pode ser cancelada.

O candidato afirma desconhecer a distribuição de cestas básicas e nega ter ligação com o traficante Nem.


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