Mais de 30 mil policiais – quase todos os militares mineiros na ativa – vão trabalhar neste domingo, em todo o estado, para garantir a segurança nas eleições em Minas Gerais, acompanhar as urnas e fazer patrulhamento dos locais de votação. “Nosso maior desafio será, sem dúvida nenhuma, proporcionar um ambiente democrático e garantir o livre exercício da cidadania neste momento especial”, avalia o major Gilmar Luciano, chefe de Imprensa da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Ele acredita que o policiamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte será a mais difícil do estado, pois apresenta “maior complexidade urbana”, com mais ruelas, becos, aglomerados e ao mesmo tempo maior número de zonas eleitorais. Por isso, mais de 10 mil policiais trabalharão nas ruas de Belo Horizonte e nas cidades do entorno.Para garantir a lisura do processo eleitoral, a polícia será responsável também por escoltar todas as urnas do estado dos locais de votação para os locais de apuração dos votos. Outro desafio para os policiais será reprimir a famosa boca de urna – quando militantes fazem campanha na rua no dia da eleição –, que é crime e pode levar à prisão. “Convocamos toda a sociedade para não aceitar essa atitude criminosa, denunciando ao policial mais próximo ou ligando para o telefone 190”, orienta o major. Além disso, a venda e a distribuição de bebidas alcoólicas serão proibidas das 6h até as 18h no dia do pleito, de acordo com resolução do governo do estado.

A legislação eleitoral prevê que, desde terça-feira, até 48 horas depois de encerrado o período de votação, ninguém poderá ser preso, a não ser que a pessoa seja flagrada cometendo um crime, ou se houver uma ordem judicial de prisão por algum crime inafiançavel. Mesmo assim, um número considerável de pessoas são presas durante as eleições. Segundo o major, cidades maiores e mais compactas são as mais difíceis de patrulhar, por isso receberão mais atenção da polícia. Um exemplo, ele lembra, é Itabira, que receberá cuidado especial.

Transporte de urnas

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) começou quarta-feira o transporte das urnas eletrônicas para os locais de votação na região metropolitana da capital. As do interior, de cidades que não estão agregadas a alguma região eleitoral, já foram levadas para suas zonas eleitorais desde 5 de setembro. O processo foi feito em um convênio com os Correios, em agosto.

O estado possui 10 regiões eleitorais, onde são armazenadas urnas que são distribuídas pelas cidades da região na época das eleições. São elas: Teófilo Otoni, Paracatu, Belo Horizonte, Juiz de Fora, Patos de Minas, Uberlândia, Diamantina, Lavras, Governador Valadares e Divinópolis. Nesta eleição, serão usadas 44.740 urnas em Minas Gerais e há mais 5.843 de reserva. Somente em Belo Horizonte, 4.751 urnas serão usadas, incluindo as de contingência.

O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país, com 15 milhões de eleitores aptos a votar neste domingo. O primeiro é São Paulo, com 31 milhões, e em terceiro lugar está o Rio de Janeiro, com 11 milhões.