O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região vai recorrer da decisão judicial que determinou a apreensão de exemplares do jornal Folha Bancária, editado pelo sindicato, na noite de quinta-feira. Oficiais da Justiça Eleitoral apreenderam exemplares da publicação por suposta propaganda eleitoral indevida a Fernando Haddad, candidato do PT à Prefeitura. "Vamos contestar e tentar suspender a busca e apreensão", disse o advogado do sindicato, Luiz Eduardo Greenhalgh, em nota distribuída à imprensa e veiculada no site do sindicato.
A presidente do sindicato, Juvandia Moreira, afirmou em nota que os trabalhadores têm "direito a analisar as propostas dos candidatos". "Pode haver divergência, mas repudiamos a censura", afirmou a dirigente, que completou: "Não denegrimos a imagem de ninguém. Só não pudemos noticiar o plano de governo de um dos candidatos que não tem seu material divulgado nos sites oficiais da campanha".
O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, também classificou a apreensão como censura. "Todos os veículos se expressam e respeitamos. Defendemos a liberdade de imprensa, o direito à livre manifestação e foi isso que colocamos em prática. É o nosso ponto de vista, podem concordar ou discordar, mas não censurar", disse.