Ao serem diplomados em 1.º de janeiro, os 55 vereadores que a população de São Paulo escolher hoje vão assumir a tarefa de traçar planos para os próximos dez anos da cidade. A próxima legislatura começa 2013 com a missão de discutir e aprovar um novo Plano Diretor para orientar o desenvolvimento da maior metrópole da América do Sul.
É por meio dessa lei que o Executivo propõe - e os vereadores avalizam - quais bairros podem ou não receber mais empreendimentos, como prédios residenciais e comerciais, supermercados e shopping centers, espaços destinados a áreas verdes, regiões para projetos habitacionais e traçados para novas vias e futuras linhas de transporte coletivo. O Plano Diretor também define zonas para futuras operações urbanas, áreas com regras específicas a fim de estimular o desenvolvimento econômico ou a requalificação urbanística.
Outra questão fundamental é apontar quais bairros estão saturados - ou seja, sem condições de receber novos empreendimentos. Hoje, 12 dos 91 distritos da área urbana da cidade chegaram ao limite da verticalização permitida pelo plano em vigor. Grandes empreendedores querem descongelar essas regiões, quase todas valorizadas. As pressões a favor e contra novos empreendimentos batem diretamente no plenário e nos gabinetes da Câmara Municipal.