O deputado Paulo Maluf (PP-SP) defendeu nesta manhã, pouco antes de votar, no Colégio Sacre Couer, no Itaim, em São Paulo, o voto em Fernando Haddad (PT). Ele afirmou que é o ex-ministro da Educação é "limpo" e "o único que poderá conseguir verbas do governo federal para São Paulo".
Sem ter participado da campanha de televisão de Haddad, aliado que somou quase dois minutos de propaganda na TV após acordo firmado com o ex-presidente Lula, Maluf afirmou que, "se o marqueteiro João Santana, responsável profissional pela campanha de Haddad" chamá-lo para gravar depoimentos no segundo turno, pretende sim fazer campanha para o PT. "Se me chamarem, eu vou", disse o ex-prefeito paulistano logo após votar.
Maluf declarou ainda que não é possível saber agora qual é o impacto do julgamento do mensalão na campanha de Haddad. "Não tenho medida. Mas ontem fui questionado em um restaurante e disse: 'minha senhora, eu sou católico apostólico romano praticante. Não é porque tem um padre pedófilo na Paraíba ou em Alagoas ou na Irlanda que eu vou deixar de ser católico'."
Maluf disse ainda que foi procurado duas vezes por José Serra (PSDB), mas que preferiu apoiar Haddad depois do acordo com Lula. "Não tenho nada contra o Serra. Ele é bom administrador. Ele esteve na minha casa duas vezes pedindo meu apoio, mas é o Haddad quem poderá trazer do governo federal mais verbas, que é o grande problema de São Paulo", afirmou.
Ele disse ainda que não apoiou Celso Russomanno (PRB), seu ex-aliado de partido, porque conhece o candidato do PRB "há mais de 30 anos". "Ele foi officeboy no Palácio. Era o Celsinho do Detran", lembrou.