Pelo menos 53 candidatos foram detidos por crimes eleitorais em Minas Gerais até a tarde deste domingo. Segundo o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais, até agora a polícia já registrou 150 ocorrências em todo o estado, sendo que Uberlândia, São Gotardo, Machado e Itabira são as cidades com mais presos: três candidatos em cada. Para esse crime eleitoral, a pena é detenção de seis meses a um ano. Jerson Braga Maia, de 50 anos, que disputava uma vaga na Câmara Municipal de Contagem pelo PPS, teria oferecido R$ 50 a um eleitor em troca de voto. De acordo com a Polícia Militar, a testemunha contou que foi abordada por Caxicó quando estava a caminho de sua zona eleitoral, no Bairro Jardim Industrial. Depois de responder que não votaria nele, o candidato a vereador tentou fazê-la mudar de ideia oferecendo o dinheiro. Maia negou a acusação.

Ainda na madrugada, a PM prendeu Geraldo Pires de Oliveira, de 54, candidato a vereador em Belo Horizonte. O político do PSC foi flagrado pregando cartazes e adesivos no muro da Escola Municipal Deputado Milton Sales, que fica no Bairro Jardim América, Região Oeste. O homem que estava com ele disse que foi contratado como motorista para ajudar na tarefa.

O também candidato a vereador Roberto Antônio Verônica, do PSTU, é acusado de agitar bandeiras em frente à Escola Estadual Padre João Botelho, no Bairro das Indústrias, Região do Barreiro. Ele foi detido no momento em que a candidata a prefeita da capital, Vanessa Portugal, deixava o local onde vota. A polícia informou que outros cinco cabos eleitorais tiveram que prestar esclarecimentos.

Três homens foram vistos carregando placas de propaganda eleitoral, por volta das 3h, em Ibirité, na Grande BH. Entre eles, está o candidato a vereador Ropson Neres Corsino, de 54, mais conhecido como Robson do Transporte. Segundo a polícia, o trio alegou que não sabia que isso era proibido.

Pessoas presas

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Além de candidatos, também foram presas 165 pessoas por crimes eleitorais em Minas Gerais. A cidade Taiobeiras, no Norte de Minas, foi a que registrou maior número de prisões, sendo 19 até esta tarde. No Bairro Salgado Filho, em Belo Horizonte, foram presos filha e genro da candidata Alexandra Rosa de Lima (PMN). O casal jogava folhetos na em frente à Escola Municipal Deputado Milton Sales.

No Bairro Santo Agostinho, em Belo Horizonte, um homem de 40 anos apresentou um título de eleitor falso, que não estava inscrito no sistema. O documento foi retido e o homem ainda tentou recuperá-lo à força, mas foi preso em flagrante. Também em Belo Horizonte, no Bairro Vista Alegre, um jovem de 20 anos foi preso depois de agredir um técnico de apoio às eleições. Segundo a polícia, o homem já tinha votado, mas procurou a sessão querendo mudar seu voto. Como não foi possível, ele partiu para a agressão.