A prefeita Rosinha Garotinho (PR) foi reeleita no primeiro turno em Campos dos Goytacazes, com 69,95% dos votos válidos e 99,87% das urnas apuradas. O casal de ex-governadores Anthony e Rosinha Garotinho tem em Campos, cidade com grande orçamento oriundo da exploração de petróleo, seu principal reduto eleitoral. Na capital, os Garotinho fracassaram: sua filha Clarissa foi candidata a vice na chapa de Rodrigo Maia (DEM), derrotada pelo prefeito reeleito Eduardo Paes (PMDB).
Sétimo maior eleitorado do Estado, Campos recebeu, em 2011, R$ 1 1 bilhão em royalties e participação especial (PE, taxa sobre os campos com grande volume de produção ou de grande rentabilidade) do petróleo, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Apesar de reeleita, Rosinha está num emaranhado de ações que tramitam na Justiça Eleitoral e que podem resultar na cassação, mesmo com a eleição. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) indeferiu, com base na Lei da Ficha Limpa, o registro da candidatura à reeleição em agosto, mas decisão liminar do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permitiu sua participação no pleito deste domingo. A coligação adversária recorreu e falta uma decisão final do plenário do TSE.
O principal adversário na campanha, Makhoul Moussalen (PT), ficou com 25,53% dos votos válidos.
A produção de petróleo está concentrada no norte do Estado do Rio. Os municípios fluminenses receberam, ano passado, R$ 4,375 bilhões em royalties do petróleo, 60,66% do total distribuído às prefeituras. Em segundo lugar, as cidades capixabas ficaram com apenas 13,57% do total, segundo a ANP. O quadro é semelhante na PE: as cidades do Rio ficaram com 88,5% dos R$ 1,257 bilhão distribuído aos municípios.