Terminado o primeiro turno das eleições em Salvador com diferença de menos de um ponto percentual dos votos entre o primeiro colocado, o democrata ACM Neto (40,17% dos votos), e o segundo, o petista Nelson Pelegrino (39,73%), o segundo turno começa com a briga pelos votos do terceiro colocado, o peemedebista Mário Kértesz, que obteve 9,43% dos votos da capital baiana.
Apesar da aliança com o PT no âmbito nacional, tendo inclusive o vice-presidente da República, Michel Temer, como aliado, não há a certeza de que o PMDB baiano siga automaticamente para a campanha de Pelegrino. Isso porque o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima, caminha distante do PT no estado.
“O partido é importante, mas o candidato também é importante. Vou procurar o Mário Kértesz e todos os outros candidatos”, disse Pelegrino. Já ACM Neto destacou a importância das alianças, mas disse que fará parceria com a população. “Estão me perguntando com quem vou fazer aliança. Vou fazer aliança com o povo”, discursou logo após confirmada a vitória no primeiro turno.
Os dois candidatos reagiram de forma distintas ao comentarem o resultado. Pelegrino chegou ao comitê central da campanha acompanhado de sua vice, Olívia Santanta, e sem muita festa, disse que o resultado é uma vitória. “Fizemos uma campanha vencedora. Saímos de 13% para 40%. Agora é uma nova eleição. Vamos continuar o debate e mostrar que o nosso projeto é o mais viável para Salvador”, disse o petista.
Segundo Pelegrino, no segundo turno a presidenta Dilma, que não esteve na capital baiana no primeiro turno, participará ativamente da disputa, assim como o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Jaques Wagner.
Já ACM Neto chegou carregado no comitê central de campanha em clima de vitória. Dezenas de correligionários e políticos o aguardavam para a comemoração. “O Ibope errou. Disse que perderíamos por 7 pontos e ganhamos o primeiro turno. O povo de Salvador mostrou que é livre e sabe votar”.
Apesar do entusiasmo, ACM Neto ponderou que ainda há muita disputa pelos próximos 21 dias. “Não ganhamos nada. Estamos com os pés no chão e quero discutir Salvador. Agora que temos o mesmo tempo no rádio e na televisão, a disputa será equilibrada”, disse o democrata.
No primeiro turno, Pelegrino tinha 15 minutos de televisão, enquanto ACM dispunha de cinco, devido às alianças dos dois candidatos. No segundo turno, o tempo será igual para ambos. Cada um terá dez minutos durante a propaganda eleitoral.