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AMIGO Outra expectativa é o voto do ministro Dias Toffoli. Antes de ser nomeado para o STF, ele foi subchefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil, sob comando de José Dirceu, e advogado-geral da União. Muitos apostaram que o ministro, em razão dessa ligação com o petista, se absteria de votar, o que não correu. O questionamento poderia ter sido feito ainda pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, que preferiu não levar a questão à Corte.
Nos primeiro núcleos analisados pelo STF – publicitário e financeiro –o ministro votou pela absolvição do deputado João Paulo Cunha (PT-SP) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Toffoli defendeu, por exemplo, que Cunha não poderia ser condenado pela lavagem de dinheiro, porque, ao receber R$ 50 mil de Valério, não teria conhecimento da origem ilegal dos recursos. A exigência de um crime antecedente é condição para que seja caracterizado o ilícito de lavagem de dinheiro.
Na última sessão, Lewandowshi gastou duas horas e meias para analisar somente a conduta de Dirceu. A demora fez com que fosse viável o voto apenas dos ministros Rosa Weber e Luiz Fux e evitou que uma possível condenação do petista, às vésperas da eleição. Além da cúpula petista, nesse item estão sendo acusados de corrupção passiva Marcos Valério, seus ex-sócios Cristiano de Melo Paz e Ramon Hollerbach, as funcionários de Valério, Simone Vasconcelos e Geiza Arruda, o advogado Rogério Tolentino e Anderson Adauto.