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Para o senador, esse seria um prazo adequado para a apresentação da proposta tucana para o País e, principalmente, para a costura de alianças em torno do “projeto alternativo” ao atual governo petista. Em 2010, o presidente do PSDB, o deputado federal Sérgio Guerra (PE), admitiu que a demora na definição do nome do partido para a disputa prejudicou a candidatura do então governador de São Paulo, José Serra.
Embora ainda eufórico com a vitória de Lacerda sobre Patrus Ananias (PT), candidato apoiado pela presidente Dilma Rousseff, Aécio disse que o episódio não é algo que vá ser decisivo “lá na frente”, ou seja, na próxima sucessão presidencial. Para ele, se houve nacionalização da campanha em Belo Horizonte foi por causa da forma como o Palácio do Planalto entrou na disputa. “Não foi da minha parte”, disse o senador, que introduziu o tema do julgamento do mensalão na campanha e atacou duramente Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Temos de discutir qual projeto de País queremos”, disse “Se cair sobre mim (a candidatura), tudo bem. Se for outro companheiro, tudo bem”, disse o tucano. Segundo ele, é preciso fazer “dois grandes favores”: um ao Brasil, livrando-o do que chamou de “período de ineficiência” do governo petista; outro ao PT, mandando-o para “um estágio na oposição”.
“Minha vitória (em 2012) é a vitória de um projeto que está dando certo em Minas Gerais”, afirmou o senador tucano.
Defendendo que o PSDB dedique 2013 às discussões do projeto que apresentará ao País na corrida presidencial, Aécio já alinhava críticas ao governo Dilma. “O PT abriu mão de ter um projeto de País para ter um projeto de poder. As grandes reformas não foram feitas, são as mesmas que precisávamos antes. Os grandes gargalos não foram enfrentados. E não vai ser a presidente que terá condições de fazê-lo. A economia não é a mesma”, disse ele, criticando também o baixo crescimento em 2012 e a abertura “envergonhada” do governo ao setor privado, com problemas como as constantes mudanças no modelo de concessão dos aeroportos.
O senador disse ainda que o PSDB formulará um projeto e buscará alianças, mas afirmou que seria “indelicado” chamar agora o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), para ir para a oposição. “Eu e Eduardo somos amigos há 20 anos”, afirmou. Uma eventual candidatura do pernambucano à Presidência, afirmou o tucano, será um problema dos governistas, não dos oposicionistas.