Além de já ter dobrado o eleitorado das cidades que vai administrar, em comparação a 2008, o PSB pode governar 2 milhões de eleitores a mais se os candidatos do partido ganharem suas seis disputas de 2.º turno.
O aumento do número de prefeitos projeta um crescimento proporcional da bancada de deputados federais a ser eleita pelo PSB em 2014, pois a correlação entre os dois pleitos é muito forte. Significa também maior capilaridade e mais cabos eleitorais para os candidatos a cargos majoritários. O PSB continua concentrado no Nordeste, mas cresceu em Minas e São Paulo.
O aumento do eleitorado significa maiores orçamentos municipais a serem manejados por prefeitos do partido e maior capacidade de arrecadar doações eleitorais. São dois capitais importantes para o caso de o presidente do PSB, o governador Eduardo Campos, de Pernambuco, decidir concorrer à sucessão presidencial em 2014.
Os partidos dos possíveis adversários de Campos daqui a dois anos tiveram resultados distintos no primeiro turno municipal, mas dependem do segundo turno em São Paulo, onde o tucano José Serra e o petista Fernando Haddad disputam o comando de 8,6 milhões de eleitores, para poder cantar vitória sem hesitação.
O PT aumentou em 14% o seu número de prefeituras, enquanto o PSDB elegeu 12% menos prefeitos do que em 2008. Mas o tamanho do eleitorado a governar por ambos os partidos depende do turno final. O PT disputa o 2º turno em 22 cidades, e o PSDB, em 17.
Dos maiores partidos, o único que encolherá em qualquer hipótese é o PMDB. Elegeu 173 prefeitos a menos e, mesmo que vença todos os 16 segundo turnos que disputa, acabará comandando um eleitorado no mínimo 7% menor do que aquele para o qual elegeu seus prefeitos em 2008.