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Cármen Lúcia dá quarto voto para condenar DirceuToffoli absolve mais três réus por corrupção ativaToffoli absolve Dirceu por corrupção ativa e condena GenoinoDias Toffoli condena Delúbio por corrupção ativaApós a condenação no STF, Genoino diz que vive a sensação de"estar numa noite escura"Condenado pelo STF, Genoino deverá ser demitido do Ministério da DefesaSTF: objetivo do mensalão era expansão do PTPara Mendes, mensalão não anula reformas de LulaJosé Dirceu é condenado por corrupção ativa por maioria do STFAo argumentar favorável à condenação de Genoino e Dirceu, Mendes disse que o processo comprovou a atuação da dupla no esquema de repasse de recursos ilegal a políticos da base aliada. "A promessa e oferta resta comprovada pela prova oral e o pagamento por prova técnica e oral", afirmou.
Quanto a Genoino, o ministro afirmou que, apesar de ele negar ter atuado no oferecimento de recursos para partidos da base aliada, depoimentos de políticos envolvidos no escândalo o contradizem. "Não é crível nem lógico admitir que o acordo político não contemplou nenhuma contrapartida", afirmou.
Mendes lembrou que não é possível acreditar que o ex-ministro da Casa Civil tenha deixado de lado a vida partidária após assumir a chefia da Casa Civil a partir de 2003. "Digo eu, o que não é crível é a pretensa e absoluta dissociação do ministro desde sua posse de interesses partidários", afirmou. "O ministro, além de cuidar dos assuntos da pasta, tinha também responsabilidade de coordenação política do governo Lula". Para Mendes, a atuação de Dirceu ia além: "Não só sabia do esquema de distribuição de recursos como contribuiu intelectualmente para sua elaboração".
O ministro do STF também rechaçou a tentativa de jogar toda a culpa pelas irregularidades sobre o ex-tesoureiro do PT. "É fato inconteste que Delúbio não era o todo poderoso do PT", criticou. Para Mendes, o petista não conseguiria lograr sozinho, mesmo com a ajuda de Marcos Valério, de montar o esquema de distribuição de recursos desviado de cofres públicos.