O encontro ocorrido na manhã desta terça entre o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), o ex-presidente petista Luiz Inácio Lula da Silva, o candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, e o deputado federal Gabriel Chalita, candidato peemedebista derrotado no último domingo (07), foi o primeiro passo mais concreto para selar o apoio do PMDB ao candidato petista na corrida à Prefeitura paulistana neste segundo turno das eleições. O apoio ainda não foi selado porque algumas arestas precisam ser aparadas, dentre elas, a busca de unidade do PMDB em São Paulo em torno da candidatura do PT e a reciprocidade no apoio a candidatos do PMDB em algumas cidades, como Guarujá e Sorocaba.
Após o encontro com Lula e Haddad, Temer e Chalita se reuniram no início da tarde desta terça-feira com lideranças estaduais e municipais da sigla para discutir o apoio a Fernando Haddad. Nesta quarta (10) à tarde haverá um novo encontro dos peemedebistas com o Conselho Político que apoiou a candidatura de Gabriel Chalita à prefeitura. Antes do anúncio da formalização do apoio do partido aos petistas, uma outra questão que também está sendo discutida, mas já está bem encaminhada, é a incorporação por Haddad de partes do programa de Chalita, como o projeto das Unidades de Pronto-Atendimento (UPAS) e o Centro de Monitoramento de Segurança (inspirado no projeto do prefeito reeleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PMDB).
Ao falar sobre o apoio do PMDB, Fernando Haddad disse que há um encaminhamento de uma aliança para este segundo turno e explicou as circunstâncias que aproximaram as duas legendas neste momento: "O fato é que fizemos uma proposta de mudança para São Paulo e colocamos, de forma crítica, a gestão de Kassab (atual prefeito do PSD, Gilberto Kassab) e de Serra (seu adversário neste pleito, o tucano José Serra)". A previsão é de que o acordo do PMDB com o PT de Haddad seja anunciado em breve.