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Candidato depende do TSE para assumir em CatalãoTSE faz esforço concentrado para julgar casos da Ficha LimpaTSE registra ausência de 23 milhões de eleitores no primeiro turnoCom disputas acirradas para o segundo turno, Salvador, Fortaleza e Florianópolis enfrentam a mesma situação de São Paulo. Na capital baiana, o número de votos em branco, nulos e abstenções somados chega a cerca de 589 mil - quantidade maior que os obtidos pelos candidatos Antônio Carlos Magalhães Neto (DEM), o ACM Neto, com cerca de 518 mil, e Nelson Pelegrino (PT), com 513 mil.
"Em eleições apertadas, com uma distância de 1% entre os candidatos, estes votos são cruciais para a eleição", afirma o cientista político David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB). De acordo com Fleischer, a abstenção nas eleições municipais seguiu a média histórica do País. "Mas há fatores locais e circunstanciais para o número absoluto somados aos em branco e nulos ser tão expressivo. Pode ser um desencanto com a política, uma alienação do eleitor que acha que todo candidato é corrupto."
No segundo turno, os candidatos miram os eleitores indecisos ou não participantes na tentativa de motivá-los a acreditar nos projetos. Entretanto, Couto alerta que a abstenção pode ser ainda maior na segunda etapa, quando há menos alternativas aos eleitores. "É interessante para o candidato atrair, mas é difícil fazer um apelo específico a esses eleitores, que teriam mais motivos para se abster", afirma.
Em outras 12 capitais brasileiras, os votos não computáveis superam o total dos recebidos pelo segundo candidato melhor posicionado na campanha. O caso de Goiânia, onde o candidato Paulo Garcia (PT) se elegeu no primeiro turno, é tido como "um dos mais agressivos" pelo pesquisador Humberto Dantas, integrante do Movimento pelo Voto Consciente e professor da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).
"Os eleitores foram às urnas para dizer que rejeitavam o cenário. São votos de posição, contrários à situação eleitoral da cidade, onde uma das forças políticas, Demóstenes Torres (ex-senador), não existe mais eleitoralmente, e as outras colocadas não agradaram", avalia Dantas. "É um posicionamento que coloca em xeque o modelo de democracia representativa."