O candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, acusou nessa quarta-feira seu adversário no 2º turno, o tucano José Serra, de “instrumentalizar” pastores evangélicos a fim de atacar sua honra. Em resposta, o candidato do PSDB citou a relação de petistas com o PRB, ligado à Igreja Universal - um integrante do partido ocupa um ministério do governo Dilma Rousseff.
No encontro com Silas Malafaia, também estava o pastor Jabes de Alencar, presidente do Conselho de Pastores de São Paulo, que reúne cerca de 6 mil líderes de igrejas evangélicas.
Nessa quarta-feira, antes de liderar uma carreata por Cidade Tiradentes, bairro do extremo leste da cidade, Haddad afirmou: “Minha família está muito indignada com a atitude do Serra de instrumentalizar pastores para me atacar na minha honra”. O petista fez um paralelo com a campanha presidencial de 2010, quando líderes evangélicos espalharam rumores de que Dilma, se eleita, promoveria a legalização do aborto. O tema afetou a campanha da atual presidente e a obrigou a divulgar uma carta-compromisso contra o aborto. Na época, petistas atribuíram a Serra a iniciativa de trazer o tema à tona.
Após caminhada dessa quarta-feira, em Pirituba, zona norte, Serra afirmou não ver nenhum problema no apoio de Malafaia à sua candidatura. “Eu lembraria que o governo do PT tem um ministro de uma igreja, nomeado a partir de uma negociação política”, disse o tucano, referindo-se ao ministro da Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella (PRB), bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e sobrinho de Edir Macedo, fundador da igreja e dono da Rede Record.