O prefeito de Montes Claros, Luiz Tadeu Leite, anunciou, nessa quinta-feira, que não participará da campanha do segundo turno na cidade, embora na disputa esteja o candidato Ruy Muniz (PRB), apoiado pelo seu partido, o PMDB. Muniz concorre com Paulo Guedes (PT). “Tenho a minha preferência, mas não estarei participando da campanha. Estou focado na nossa administração”, alegou Tadeu Leite, que enfrenta vários problemas em sua gestão, incluindo dificuldades para quitar a folha de pagamento. As pesquisas mostram que ele tem elevada rejeição junto ao eleitorado.
O peemedebista chegou a se preparar para concorrer à reeleição, mas desistiu em 25 de junho, após passar por uma cirurgia no intestino, deixando para a legenda a definição sobre o candidato. Na época, ele declarou que não participaria da campanha do primeiro turno, alegando seguir recomendações médicas. O PMDB acabou optando por apoiar Ruy Muniz que, até então, era oposição à atual administração. Ontem, em entrevista coletiva, apesar de dizer que tem o candidato da sua preferência no segundo turno, o chefe do executivo não citou diretamente o nome do candidato apoiado pelo PMDB. Por outro lado, Tadeu Leite reafirmou que, aos 60 anos de idade, está encerrando a carreira política.
O prefeito de Montes Claros também se defendeu de denúncias de irregularidades feitas contra sua administração durante a campanha política. Tadeu Leite informou que ele, juntamente com todos os secretários municipais, vai entrar com ação judicial contra o ex-deputado federal Humberto Souto (PPS), terceiro colocado no primeiro turno, que o acusou de corrupção, sem apresentar provas. “Houve a abertura de inquéritos pelo Ministério Público, mas não existe corrupção na nossa administração”, rebateu o prefeito.
A prefeitura de Montes Claros foi um dos alvos da operação Laranja com Pequi, deflagrada pelo Ministério Público Estadual e pela Polícia Federal, no final de junho, para investigar denúncias de fraudes em licitações para o fornecimento na alimentação para presídios e para a merenda escolar. “Todos os atos da investigação foram anulados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais”, alegou Tadeu Leite.
Fantasmas Uma questão discutida na campanha do primeiro turno foi o suposto excesso de servidores contratados e a existência de funcionários fantasmas na prefeitura. Em nota divulgada por sua assessoria, o candidato Paulo Guedes aponta a existência de “2 mil funcionários fantasmas, que estariam a serviço do candidato do PRB. Tadeu Leite rebateu a denúncia, garantindo haver entre 3 mil a 4 mil servidores contratados “essenciais para a manutenção das atividades da administração municipal”.