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Estado de Minas

Na base do prefeito Marcio Lacerda, PSB e PSDB travam disputa pela Presidência da Câmara

Parlamentares reeleitos e novatos já começaram a articular grupos de apoio para a escolha do cargo mais cobiçado na Câmara Municipal


postado em 12/10/2012 06:00 / atualizado em 12/10/2012 07:12

Novatos, como Bim da Ambulância, foram recebidos ontem pelo presidente Léo Burguês em café da manhã (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
Novatos, como Bim da Ambulância, foram recebidos ontem pelo presidente Léo Burguês em café da manhã (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)

Mal acabou uma eleição, começa outra para os vereadores de Belo Horizonte. Parlamentares reeleitos e novatos já começaram a articular grupos de apoio para a escolha do cargo mais cobiçado na Câmara Municipal, a presidência. A votação acontece em 1º de janeiro, mesmo dia em que os parlamentares da próxima legislatura tomam posse. Novato, Professor Wendell (PSB) – mesmo partido do prefeito Marcio Lacerda – quer ser o “representante da renovação”. Ele tem o apoio do presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), deputado Dinis Pinheiro (PSDB), e tenta convencer os colegas que também estreiam na Câmara a comprar a ideia.

Wendell tem disputa interna no partido com o vereador Alexandre Gomes (PSB), atual vice-presidente da Casa, que já manifestou a alguns parlamentares que almeja o cargo. “Já conversei com a direção do partido, que deu liberdade”, ressaltou Wendell, acrescentando que há possibilidade de os dois disputarem a presidência. Ele contou que o partido – que dobrou as cadeiras na Casa, passando de três para seis – tem pretensões de assumir a presidência, ao contrário da última disputa, quando os tucanos garantiram o comando. O PSB fez um acordo com os tucanos, prevendo dividir os quatro anos da legislatura: se o próximo presidente for de um partido, o outro ficaria em primeiro lugar na fila e assumiria a cadeira nos últimos dois anos do mandato.

A dobradinha PSB e PSDB na Câmara belo-horizontina foi acertada entre o prefeito Marcio Lacerda e o senador Aécio Neves (PSDB) em Brasília antes das convenções que resultaram na aliança entre os dois partidos que foi vitoriosa nas urnas. O vereador Pablito (PSDB) foi o indicado pelo senador na época para assumir a cadeira, mas nega que vá disputar a eleição. Também no PSDB, o atual presidente, Léo Burguês, pode tentar a reeleição. Nos bastidores, o que se fala é que há disputa interna entre os dois. No decorrer da campanha, Burguês e Pablito tiveram divergências e chegaram a trocar farpas por meio do Twitter.

O PT, que também elegeu seis vereadores, deve lançar candidato à presidência. O vereador Arnaldo Godoy (PT) diz que já colocou seu nome à disposição do partido e que, por enquanto, não tem concorrentes dentro da legenda.

Café Léo Burguês promoveu um café da manhã ontem, na cobertura do Othon Palace Hotel, com vereadores novatos. Na visão de colegas, essa foi uma manobra para atrair votos à sua reeleição para a presidência. Na avaliação de um vereador que não quis se identificar, Burguês estaria buscando apoio dos novos parlamentares porque muitos colegas colocam na gestão do tucano no comando da Casa a responsabilidade pela derrota de alguns parlamentares. “Léo Burguês jogou a Câmara contra a população”, ressaltou o político.

O presidente da Casa garantiu, no entanto, que o evento – onde diretores da Casa participaram– foi feito apenas para esclarecer questões burocráticas aos novatos. “Eu tive dificuldades quando entrei”, justificou. Ele acrescentou que ainda não definiu se vai disputar a reeleição.

Memória

Executivo acusado de interferir


O vereador Léo Burguês (PSDB) foi eleito presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte em dezembro de 2010, um domingo marcado por bate-bocas e acusações de interferência do Executivo no processo eleitoral. A expectativa era de que Henrique Braga (PSDB) disputasse o cargo com o colega de partido, pois contava com o apoio declarado de 18 vereadores. No entanto, ao longo da manhã de domingo o grupo foi reduzido para 12 pessoas – o que garantiria a vitória de Léo Burguês. Minutos antes da votação, foi anunciado acordo para chapa única. Defensores da candidatura de Henrique Braga creditaram a perda de apoio do vereador à presença do secretário de Relações Institucionais da Prefeitura de Belo Horizonte, Marcelo Ab-Saber (que acaba de ser reconduzido ao cargo, depois de ter se empenhado na campanha pela reeleição de Lacerda), na Casa. A acusação foi de que ele teria conversado reservadamente com cada um dos vereadores para convencê-los a trocar de voto. Léo Burguês foi eleito com 31 votos, dos 40 que estavam presentes. Não votaram nele a bancada de seis vereadores do PT e Divino Pereira (PMN) , enquanto Fred Costa (PHS) e Maria Lúcia Scarpelli (PCdoB) se abstiveram – essa última para evitar uma expulsão de seu partido.


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