Após participar de missa na Obra Social Dom Bosco de Itaquera, zona leste, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, comandada pelo padre Rosalvino Morán Viñayo, Haddad afirmou que não assistiu ao vídeo de Malafaia, mas disse ter certeza de que Serra estaria por trás da iniciativa. Na terça-feira, 9, após se reunir com o tucano, Malafaia disse que ia "arrebentar" o petista.
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Haddad, de formação cristã ortodoxa, estava acompanhado do candidato derrotado do PMDB, Gabriel Chalita, que o apoia no segundo turno. Ex-coroinha, Chalita tem bom trânsito na Igreja Católica e trabalha para conseguir votos para Haddad nessa seara.
Durante a maior parte do culto, Haddad, que em seus discursos tem enfatizado a necessidade de separar política e religião, manteve uma posição rígida, com o semblante fechado e as mãos cruzadas à frente do corpo, enquanto sua mulher, Ana Estela, e Chalita, ambos à vontade, cantavam hinos católicos e agitavam os braços. Ao final, o petista rezou um pai nosso e comungou.
Questionado por jornalistas, Haddad negou que sua presença na missa contrarie seu discurso em defesa do Estado laico. O petista disse que, desde o início da campanha, tem participado de cerimônias de várias religiões, como a solenidade muçulmana do fim do Ramadã e uma visita a uma sinagoga para celebrar o ano novo judaico. "Acho importante para a cidade a sinalização de que o poder público vai respeitar a fé do povo, qualquer que seja ela", disse.