O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, José Serra, rebateu neste sábado as críticas feitas por seu adversário Fernando Haddad (PT), que atacou o tucano ao dizer que seu candidato a vice na chapa, Alexandre Schneider (PSD), é investigado por improbidade administrativa. Serra disse que não trocaria Schneider nem por seis Haddad. "Eu não troco um Schneider por 6 'Fernando Haddad' em matéria de honestidade e de competência", afirmou o candidato do PSDB durante uma visita ao Shopping Interlagos, na zona Sul da capital.
Ao ser questionado sobre os ataques feitos pelo petista, Serra voltou a associar Haddad ao ex-ministro José Dirceu, condenado pelo Supremo Tribunal Federal na última semana por corrupção ativa. Ele citou um suposto escândalo no Ministério da Educação que está sendo investigado pela Polícia Federal (PF) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que teria ocorrido na gestão de Haddad na pasta.
Schneider também respondeu a Haddad. Segundo ele, o petista tem feito uma "cortina de fumaça" para esconder aliados condenados pela Justiça. "Ele está usando uma cortina de fumaça sobre os problemas na Justiça que o seu partido, os seus colegas de campanha e seus companheiros de programa de governo têm", disse Schneider. O candidato a vice citou como exemplo o aliado do PT, deputado Paulo Maluf (PP).
O candidato a vice acusou Haddad de não declarar que a ex-prefeita, a ministra Marta Suplicy (PT), teve secretários condenados e com bens barrados pela Justiça. Deu como exemplo a ex-secretária da Educação Maria Aparecida Perez, supostamente envolvida em irregularidades na licitação para a construção, em 2004, de 14 prédios que substituiriam as escolas de lata.
"Haddad não falou sobre os secretários da Marta que estão condenados por improbidade administrativa. Alguns deles, inclusive já têm os bens tornados indisponíveis, como é o caso da ex-secretária Cida Perez", afirmou. Ele disse também que a campanha de Serra não esconde aliados e afirmou que o "candidato do PT não está num momento adequado para falar de ética", fazendo menção à condenação do núcleo político do mensalão decretada na última semana.