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Na SIP, Alckmin destaca 'Brasil diferente'SIP pede mais rigor da Justiça brasileiraAssembleia-geral da SIP vai focar censura ao 'Estado'Os dois foram apresentados por Robert Civita, do Grupo Abril - que, de saída, advertiu: “A liberdade de imprensa não é um fim em si, é para garantir a liberdade da sociedade”. Por uma hora e meia, às vezes interrompidos por aplausos, Garcia e Cardoso alternaram avaliações históricas sobre o continente, brincadeiras e críticas ao autoritarismo.
FHC disse, por exemplo, não entender o espanto do País ao ver instituições funcionando: “Há liberdade, eleições, há um Ministério Público investigando e até um Supremo Tribunal Federal julgando. O que há de espantoso? Deviam achar normal!”
Garcia denunciou o “estatismo comunicacional” e ironizou a “nova estratégia de grupos autoritários, que, depois de atacar políticos ou o liberalismo, agora atacam a imprensa”. Sobre tentativas de regular o fluxo de informações na sociedade, questionou: “Como regular o que se regula a si mesmo? Como regular o ar?” E sugeriu que se mude o conceito de “Homo sapiens” para “Homo comunicante”. Depois, parodiando René Descartes, lançou o “Comunico, logo existo”.
Provocado a falar do conflito que envolve a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, FHC criticou governos bolivarianos que tentam mudar suas regras: “Os governos têm de entender que a fiscalização do que diz respeito aos direitos universais não pode ser fechada”. A propósito, afirmou que a pregação democrática diminuiu no continente, “como se a democracia já estivesse consolidada e como se o progresso econômico trouxesse a democracia - e isso não é necessariamente assim”.