O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) quer reeditar o sucesso da Lei da Ficha Limpa com um novo projeto de iniciativa popular, desta vez destinado à reforma do sistema político. Entre os principais pontos do projeto, estão o financiamento público exclusivo de campanhas; limites legais às coalizões - fonte de crises, como a do mensalão petista - e mudança no sistema atual de lista de candidatos. São também propostas mudanças no plebiscito, no referendo e na lei de iniciativa popular, além da criação de um elemento novo, o veto popular.
A campanha faz parte da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político, que reúne dezenas de entidades civis. São as mesmas organizações que desencadearam a campanha que resultou na Lei da Ficha Limpa, que, após alguns retrocessos entrou em cena na eleição municipal deste ano e frustrou os planos de mais de 2 mil candidatos impugnados em consequência de condenações judiciais, a maioria por improbidade administrativa. O MCCE é uma organização da sociedade civil que reúne 51 entidades nacionais de diversos segmentos, formando uma rede com movimentos, organizações sociais e religiosas e entidades da sociedade civil.