O trator federal liga os motores na reta final do segundo turno. Serão 11 dias em que a máquina conduzida pela presidente Dilma Rousseff agirá para eleger o maior número de aliados nas prefeituras, sobretudo nas capitais, deixando a oposição acuada. Ministros vão intensificar as viagens para ajudar os candidatos da base; Dilma subirá em pelo menos três palanques; emendas seguem sendo liberadas – foram R$ 343 milhões e apenas 7% deste valor para oposicionistas –; e conversas para reorganizar a base na Esplanada já foram iniciadas.
Dilma, então, vai a Salvador na sexta, atendendo pedido do governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), que queria ser o primeiro a receber a presidente no segundo turno. Problemas para a população ver, então, o desfecho da saga de Tufão, Carminha, Max e Nina? De jeito nenhum. O governo baiano marcou o comício para as 19h, com horário de término previsto para as 21h. Mesmo que haja atraso no evento, serão instalados telões no Bairro de Cajazeirinhas, periferia da cidade, onde vivem 600 mil pessoas, para que os discursos de Nelson Pelegrino (PT) e Dilma não atrapalhem o derradeiro capítulo do atual fenômeno da dramaturgia brasileira.
Na segunda-feira, Dilma estará em Manaus para apoiar Vanessa Grazziotin (PCdoB). Antes mesmo da viagem, deu boas notícias à população ontem, durante audiência com o governador do Amazonas, Omar Aziz (PSD). O governo federal vai liberar R$ 276 milhões para a construção de um anel viário em Manaus e investirá R$ 175 milhões em sete novos aeroportos para o estado. Aziz tentou desvincular o pacote de bondades do período eleitoral. “Se a Vanessa ganhar a eleição, ou o Arthur (Virgílio, do PSDB), será em relação às propostas, àquilo que eles querem fazer pela cidade de Manaus. O meu apoio à senadora é um apoio político, porque ela faz parte do meu grupo”, desconversou. (Colaboraram Amanda Almeida e Leandro Kleber)