O deputado federal Paulo Pereira da Silva, candidato derrotado do PDT à Prefeitura de São Paulo, negou nesta quarta, através de sua assessoria de imprensa, que a decisão de apoiar o candidato tucano José Serra na disputa municipal seja uma posição pessoal dele, como afirmou nesta manhã o ministro do Trabalho, Brizola Neto. Durante encontro do candidato do PT, Fernando Haddad, com sindicalistas, Brizola Neto, que também é vice-presidente nacional do PDT, enfatizou que a posição de Paulinho era "isolada" no partido, uma vez que o apoio a Serra não tinha sido discutido nas instâncias internas do partido. Nesta terça (16), a Executiva Nacional do PDT contrariou Paulinho e formalizou o apoio a Haddad em São Paulo.
Durante discurso de apoio ao candidato petista, Brizola Neto disse que a vitória de Haddad em São Paulo é a chance da cidade se "alinhar" ao projeto de desenvolvimento do governo federal. "Não poderíamos nós do PDT, numa eleição com a eleição de São Paulo, com o caráter nacional que tem a eleição em São Paulo, nos calar. O PDT tem lado, e é o lado dos trabalhadores", disse o ministro. Brizola Neto ressaltou que respeita a posição de Paulinho, mas que a decisão do Diretório Nacional do PDT se estende ao partido em São Paulo. "Ontem, a Executiva Nacional, por unanimidade, decidiu que o PDT em São Paulo apoia o lado certo", declarou, em seu discurso.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, também participou do ato em apoio a Haddad e negou que haja um racha na entidade que tem Paulinho como referência. "A central é pluripartidária. Cada um escolhe o que acha melhor", justificou Juruna. João Batista Inocentini, presidente da Associação dos Aposentados da Força Sindical e filiado ao PDT de São Paulo, também participou do evento pró Haddad. "Eu falei para ele que o Serra eu não apoiaria. O apoio a Haddad representa a esperança. O outro candidato nós já conhecemos", disse Inocentini.