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Barbosa sinaliza que considera Dirceu chefe de quadrilhaHaddad critica gestão de Serra, que liga petista a DirceuCom o enfraquecimento de José Dirceu, PT começa a passar por rearranjo de forçasMensalão vira game, com Barbosa atirando em DirceuAtual prefeito e deputado federal decidem segundo turno em Volta RedondaColegas de exílio defendem o ex-ministro José DirceuJosé Dirceu comandava núcleo político, afirma relator do mensalãoO relator começou a votar sobre as acusações de formação de quadrilha contra 13 réus na segunda metade da sessão de ontem. Antes, os ministros Gilmar Mendes, Celso de Mello e o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, encerraram o julgamento do capítulo sete do processo, analisando a acusação de lavagem de dinheiro contra os ex-deputados petistas Paulo Rocha e João Magno e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto. A sessão foi aberta com o placar em cinco a dois pela absolvição de João Magno, Paulo Rocha e Anderson Adauto. Mas os três ministros os condenaram, confirmando o já esperado empate.
Em 1º de outubro, o STF já havia se dividido quanto a outro réu, José Borba. Naquela ocasião, Ayres Britto anunciou que a decisão sobre como proceder em caso de empate ficaria para o fim do julgamento. Os ministros terão que decidir se o empate incorre na absolvição ou se o presidente tem direito ao voto de minerva. Nesse caso, como Britto condenou os réus, prevaleceria o entendimento de que eles são culpados.
Advogado de Paulo Rocha, João Gomes disse que não aceitará qualquer posição do Supremo que não seja a absolvição dos réus. “Qualquer outra leitura é casuística, política e vai prostituir, diminuir a discussão aqui travada”, afirmou. Ele alertou que recorrerá à Organização dos Estados Americanos (OEA) caso seu cliente seja condenado.
Mudança nos votos
Pela primeira vez desde o começo do julgamento do mensalão, ministros recuaram em relação a votos inicialmente proferidos e alteraram seus posicionamentos. Logo no início da sessão plenária de ontem à tarde, Gilmar Mendes pediu para retificar o voto apresentado na segunda-feira. O magistrado disse ter ficado “incomodado com questões fáticas e jurídicas” antes de anunciar que voltaria atrás em relação à absolvição dos marqueteiros Duda Mendonça e Zilmar Fernandes do crime de evasão de divisas. O relator do processo, Joaquim Barbosa, seguiu o entendimento do colega, posicionando-se pela condenação de ambos. As mudanças, no entanto, não interferem no resultado definido na segunda-feira, que garantiu a absolvição dos réus. O placar final ficou em sete votos a três pela absolvição dos dois réus.