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Estado de Minas

Lula não poupa esforços para eleger afilhado político em São Paulo


postado em 19/10/2012 19:56

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupa esforços para eleger em São Paulo seu afilhado político, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. Além de ter atuado ativamente durante toda a campanha, costurando alianças políticas, o ex-presidente também atua nos bastidores, atraindo o apoio de artistas e intelectuais, entre o eles o rapper Mano Brown, dos Racionais MC's. A expectativa é que Brown participe, ao lado de outros artistas, de um grande encontro com representantes do meio cultural na próxima quinta-feira, na Casa de Portugal.

Brown e Haddad se encontraram nessa terça-feira  num evento fechado que reuniu artistas de vários segmentos musicais, entre eles Emicida, Ana Cañas, Arismar do Espírito Santo, Leandro Lehart, Ice Blue (dos Racionais MC's) e Fernando Anitelli (do grupo O Teatro Mágico). Também participaram do encontro a deputada estadual Leci Brandão (PCdoB) e o vereador Netinho de Paula.

Para ter Brown, considerado uma voz influente na periferia, o petista contou com Lula, que telefonou para o rapper para intermediar o encontro. As imagens do encontro foram divulgadas no site da campanha e o evento deve ser exibido no horário eleitoral. A campanha de Haddad já havia organizado um encontro com artistas e intelectuais no dia 2 de outubro, poucos dias antes do primeiro turno, mas na ocasião não contou com a presença de Brown.

Segundo o site da campanha, Mano Brown não falou de cultura, mas reclamou da área de segurança pública e acusou o governo do Estado de promover o "extermínio" de jovens na periferia. Brown teria dado como exemplo a morte de dois colegas ligados ao núcleo formado pelos grupos Racionais MCs, Negredo e Rosana Bronks. "O pano de fundo é a guerra contra o crime organizado, mas eles (o poder público paulista) estão matando por parecer ser (bandido)", teria dito.

Ainda de acordo com o site da campanha, Haddad afirmou ao rapper que espera reencontrá-lo nos próximos anos e ser cobrado por ele. "Daqui a um ano, Brown, num novo encontro, você pode dizer que ainda está ruim, ainda está difícil, mas vai dizer que o ambiente é outro, que tem uma perspectiva. A gente vai poder acompanhar isso juntos", afirmou o candidato.


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