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Aécio reforçará campanha tucana em São Luís e ManausDilma diz que PT representa nova forma de fazer políticaDilma fará reforma ministerial para ajustar base aliadaDilma inicia 'road show' eleitoralSão Luís é tradicionalmente refratária aos Sarney. Desde o restabelecimento das eleições diretas, em 1985, nunca um aliado conseguiu vencer na cidade. Em 2012, o grupo lançou a candidatura de Washington Oliveira (PT), vice-governador de Roseana Sarney (PMDB). Mesmo com 14 partidos coligados, a aliança foi um fiasco e o petista amargou a quarta posição, com 11% dos votos.
No 2º turno, o grupo se manteve neutro e pediu ao PT que fizesse o mesmo porque Holanda Júnior tem como principal apoiador o presidente da Embratur, Flávio Dino (PC do B), opositor ferrenho de Sarney e pré-candidato ao governo em 2014.
Presidente em exercício do diretório estadual do PMDB, Remi Ribeiro resume o pensamento do grupo. “É uma questão de análise. O que o Sarney pode ajudar o PT nacionalmente e o que o Edivaldo e o Dino podem?”, questiona. Remi garante, porém, não ter existido pedido direto do presidente do Senado para que Dilma e Lula ficassem fora da disputa.
O PT é um partido dividido no Estado. Em 2010, o diretório local aprovou uma coligação com Dino contra Roseana. Mas o comando nacional do PT interveio e trocou a aliança, indicando Washington para vice da filha de Sarney. Grande parte dos petistas do Estado, porém, continuou na oposição e está engajada na campanha de Holanda Júnior.
Representante maranhense no diretório nacional petista, Márcio Jardim tenta minimizar a ausência da presidente. Ele destaca que foi exibida na quarta-feira, pela primeira vez, uma gravação do ministro Alexandre Padilha (Saúde) feita para o horário eleitoral e afirma ser esse fato um posicionamento do partido. “O ministro é um porta-voz do governo.” Na gravação, Padilha cita programas da pasta e manifesta apoio.
O candidato governista é sereno sobre a ausência da presidente. “Nós respeitamos a não entrada dela”, diz Holanda Júnior. “A gente sabe que muitas dessas coisas acontecem por intervenção do Sarney”, completa. Sem o apoio direto, a campanha tem espalhado cartazes com fotos da presidente e repetido que o candidato é do conselho político de Dilma. Com reuniões escassas, o órgão é formado por presidentes e líderes de partidos da base, inclusive o nanico PTC de Holanda Júnior.
Ausente no horário eleitoral ou comícios, Dilma, porém, aparece bem até em comerciais do candidato do PSDB. João Castelo destaca frequentemente os convênios com o governo federal, diz que sua parceria com a presidente é “de fato e não de foto” e se declara “fã” de Dilma.
Tucano
Depois de manifestar seu apreço pela presidente Dilma, o candidato do PSDB vai receber em São Luís nesta semana um correligionário apontado como provável adversário dela em 2014, o senador Aécio Neves (MG).