O ministro disse ainda que, quando o placar de uma votação termina igual, não se alcança o que chama de princípio da "majoritariedade dos votos". "A unidade dele (do tribunal) somente se obtém com a maioria dos votos, em cada caso", afirmou. "Se a maioria não foi obtida, essa unidade não se perfez, ficou no meio do caminho, por isso opera a favor do réu" completou.
Até o momento, aguardam a decisão sobre o empate o deputado federal Valdemar Costa Neto (PR-SP) e o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, pelo crime de formação de quadrilha, e os ex-parlamentares José Borba (ex-PMDB), Paulo Rocha (PT) e João Magno (PT) e o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto pela acusação de lavagem de dinheiro.
O presidente do STF disse ainda que não sabe se o colegiado vai discutir a questão dos empates dos réus antes de apreciar qual punição será aplicada para os condenados, a chamada dosimetria da pena. Ayres Britto acredita que o relator da ação, ministro Joaquim Barbosa, deve suscitar o tema em plenário. O ministro afirmou que não sabe se o julgamento terminará esta semana. "Vai depender do relator", limitou-se a dizer.