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Araguaia
Ao chegar para a audiência, Maria Rita Kehl, responsável da comissão pela investigação de violações de direitos de indígenas e camponeses, revelou que o grupo encontra dificuldades de investigar um dos mais notórios episódios do regime militar, a Guerrilha do Araguaia, ocorrida no sul do Pará do fim da década de 1960 até meados da década de 1970.
Recém-chegada da região, onde acompanhou as atividades dos Grupo de Trabalho do Araguaia (GTA) e do Grupo de Trabalho do Tocantins (GTT), Maria Rita informou que familiares de guerrilheiros que desapareceram na região têm se recusado a fornecer material para comparação genética com restos mortais encontrados na área. Até o momento, só foram identificadas as ossadas dos guerrilheiros Bergson Gurjão Farias e Maria Lúcia Petit. "Tem alguns casos que já tem ossos para comparação de DNA. (Mas) nem todas as famílias querem oferecer o DNA, para não sofrer. Fica mais difícil ainda, porque tem uma ossada, tem a possibilidade (de identificação) e a família não quer fazer o exame", disse, sem entrar em detalhes.